Entre 1153 e 1159, Bertoldo, por inspiração do profeta Elias, dirige-se para o Monte Carmelo. Aí, com o auxílio do seu primo, o Patriarca D. Aimerico de Antioquia, constrói uma pequena capela perto da gruta de Elias e cerca as ruínas que existiam por lá.
Provavelmente em 1209, Alberto, Patriarca de Jerusalém, dá-lhes uma forma de viver concreta, escrita (Regra), e reúne-os perto da fonte de Elias, sob a obediência dum certo B. (segundo se pensa seria Brocardo), que é assim, de fato, o primeiro superior da Ordem.
Interessante observar que esse era o período das cruzadas e as diversas guerras tornavam a vida religiosa para os Latinos muito difícil.
Origem do nome da Ordem:
"Cada Ordem toma o seu nome de um lugar ou de um Santo", escreve João Baconthorp, Carmelita Inglês do séc. XIV. No caso dos Carmelitas, recebem o nome devido ao Monte Carmelo, Monte da Palestina, junto do Mediterrâneo e da Baía de Haifa, pois foi aí que viveram os primeiros monges, junto da fonte de Elias.
A Fundação
A grande glória dos Carmelitas é a grande anonimidade. Não têm fachada, por assim dizer; apenas procuram imitar Elias no "Vivere Deo", no recolhimento e no silêncio.
Entrega da Regra por Alberto
Com a Regra dada por Alberto de Jerusalém (1209) , os Carmelitas receberam a sua existência canônica. Podemos considerar, por isso, esta Regra como a codificação da vida que os Carmelitas já levavam no Monte Carmelo. Podemos chegar a esta conclusão baseando-nos nas palavras da Introdução da Regra: "...visto que nos pedis uma Norma de Vida que corresponda à vossa aspiração..."
|